7/31/2006
by Paul Mahder
Quem não nos conhecesse em quem mais pensaria, ao entrar pela porta que deixaste aberta
como quem convida, numa obscena oferta: entrem e venham ver!?
Mas entrei eu. É tarde para saber se era a mim que esperavas.
É tarde para saber seja o que for, até o que senti: repugnância ou dor?
Ah como eu queria deitar fora o odor que saía dos dois corpos suados!
Como eu gostava hoje de seguir-te o rasto cheio de estrelas
Mas não consigo vê-las de olhos consporcados.
E foste tu quem os cegou de vez para as coisas belas.
Hoje caminho pelos caminhos escuros sem quaisquer ilusões.
Desdenho do brilho do sol nos lençóis de água
E bebo o ácido vinho das tabernas, não para me embebedar
para esquecer apenas, o contorno irreal das tuas pernas.
Comments:
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Estive a ler os teus posts, fascinada pela qualidade da escrita. Não quero para já analisar sentimentos. São teus. A escrita é de todos nós, com quem a decidiste partilhar.
gostei de ler
apenas um se ... beber para esquecer, como escrita gosto de sentir o que implica como atitude de vida encontra-se no lado oposto
:)
apenas um se ... beber para esquecer, como escrita gosto de sentir o que implica como atitude de vida encontra-se no lado oposto
:)
Um Outro Olhar, obrigado.
Quanto ao "beber para esquecer" os contornos de umas pernas, não é no caso uma atitude de vida. Acredita. E seguramente nunca seria uma saída.
Beijo e bom dia.
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Quanto ao "beber para esquecer" os contornos de umas pernas, não é no caso uma atitude de vida. Acredita. E seguramente nunca seria uma saída.
Beijo e bom dia.
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